19/08/2014

Creepypasta dos Fãs: As Cartas

Ela sentava no fundo da sala, sempre vestia preto, da minha mesa eu podia vê-la escrevendo em um caderno com capa vermelha. Eu era o professor e ela a aluna, mas de alguma forma ela me atraia de uma maneira tão forte que eu não podia evitar olhá-la com o canto dos olhos. Seu nome era Katherina Wood. Na hora da saída eu pedia para conversar com ela e nunca consegui ouvir sua voz.

Certo dia uma carta aparece em minha mesa com um selo e um nome Katherina Wood.

Ao abrir a carta vejo uma linda caligrafia, letras bem trabalhadas e uma ortografia incrível. A carta dizia:

Sempre vejo o senhor olhar para mim e me chamando para conversar, mas tenho medo de aceitar, pois não sei o que irei te falar ou o que irei pergunta-lhe.O seu nome não me é estranho Sr.Livewood..Peter Livewood . Um nome que minha família nunca vai esquecer pois és amaldiçoado. O seu nome marca a minha família desde 1766, quando dormires com minha mãe. Espero que sejas feliz ao meu lado Sr. Livewood.

Com amor,

Katherina Wood.

Ao terminar de ler a carta, me arrepio e olho para o fundo da sala de aula e vejo-a escrevendo em seu caderno com os olhos fechados e quando os abre olha para mim, com os olhos escuros por inteiro. Um arrepio me percorre novamente. Termino minha aula e vou para o estacionamento pegar o meu carro, quando me aproximo vejo-a encostada na porta do passageiro, me esperando. Aproximo-me, puxo conversa, ofereço uma carona para casa. Ela aceitou, quando me aproximo de sua casa paro o carro e estaciono perto da calçada. Tranco as portas e me aproximo dela, ela se aproxima de mim e a beijo, ficamos horas dentro do meu carro. Quando terminamos continuo o caminho para a casa dela, estaciono em frente e vejo uma casa pintada de preto, as cortinas eram pretas.
Passo noites inteiras sem dormi pensando nela. Em uma noite de chuva, ela aparece na porta da minha casa com uma mochila grande nas costas. Ela me disse que fugiu de casa e me trouxe outra carta. Sento-me no sofá para ler, a carta dizia:

Caro Sr. Livewood, hoje venho a sua casa para completar meu ritual de imortalidade, para que isso ocorre-se eu precisa perder minha virgindade e o senhor me proporcionou grandes prazeres, a segunda parte seria tomar seu sangue enquanto está vivo e depois lhe torturar até a morte até que sua alma saia de seu corpo e venha para o meu, enquanto lia essa carta eu bebi seu sangue. A carta tem uma mágica que lhe prende e lhe anestesia, mas ao final desta carta o senhor agonizará todas as dores que essa carta lhe tirou, o que me proporcionará o mesmo prazer de um orgasmo. Durante um tempo sua alma ficará vagando pelo espaço até que encontre meu corpo. Nossas almas irão formar uma só.

Com amor,

Katherina Wood.

Ao terminar de ler a carta, sinto uma dor partindo meu coração em migalhas, sinto meu cérebro explodir dentro de meu crânio, meus órgãos se espremiam até formar um só. Sinto minha alma sair do meu corpo deixando uma marca em minha alma, passo a mão em cima e sinto duas letras KW. Duas letras bem distintas. As mesmas letras que estavam no selo das duas cartas que eu recebi de Katherina.

Minha alma se juntou a dela, não sou, mas a mesma pessoa. Sinto que ela irá fazer o mesmo com outros caras e eu irei presenciar, eles irão sentir as mesmas dores que eu.

Cuidado eu já vi ela fazer a mesma coisa com homens e mulheres. E você pode ser o próximo.

Autor: Raissa Simas Cedro

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